ONGs de hondurenhos nos EUA apoiam deposição de presidente eleito
Dois grupos de imigrantes hondurenhos instalados em Miami, nos Estados Unidos, afirmaram nesta segunda-feira que apoiam o presidente interino Roberto Micheletti, empossado após um golpe contra o presidente eleito, Manuel Zelaya. Em exílio na Nicarágua, Zelaya busca o apoio dos colegas da América Central para recuperar o poder.
Zelaya foi derrubado do poder, neste domingo (28), em um golpe orquestrado pela Justiça e pelo Congresso e executado por um grupo de militares, que o expulsaram para a Costa Rica, provocando uma condenação mundial unânime. O golpe foi realizado horas antes do início de uma consulta popular sobre uma reforma na Constituição que tinha sido declarada ilegal pelo Parlamento e pela Corte Suprema.
Reuters
O presidente eleito e deposto de Honduras, Manuel Zelaya, em seu exílio na Nicarágua
De acordo com os parlamentares hondurenhos, a deposição de Zelaya foi aprovada por suas "repetidas violações da Constituição e da lei" e por "seu desrespeito às ordens e decisões das instituições". Segundo os seus críticos, com a consulta, Zelaya pretendia instaurar a reeleição presidencial no país. As próximas eleições gerais serão em 29 de novembro.
Em comunicado, a Unidade Hondurenha afirmou que "como a maior parte dos hondurenhos, dentro e fora do país", apoia a retirada de Zelaya "devido à sua pretensão inconstitucional de reeleição". O presidente da organização, José Lagos, chegou a dizer que foi o próprio Zelaya quem provocou sua destituição devido à "forma desafiante" com que desacatou as ordens de instituições do país.
Esteban Felix/AP
O presidente do Parlamento hondurenho, Roberto Micheletti, eleito presidente interino
Na nota, a Unidade Hondurenha pediu que os cidadãos mantenham a "calma" e a "confiança" e apoiem o governo de transição de Micheletti, considerado "respeitoso das instituições e da Constituição". Presidente do Parlamento, Micheletti é do mesmo partido de Zelaya, o Partido Liberal (PL), e deverá permanecer na Presidência até o fim do mandato do colega, em 27 de janeiro de 2010.
Micheletti, presidente do Congresso, afirmou que o golpe foi um "processo absolutamente legal", contemplado na Constituição de Honduras. Para prevenir distúrbios, ele decretou o toque de recolher para as próximas 48 horas, em vigor das 21h às 6h.
Outra organização hondurenha sem fins lucrativos instalada nos EUA que apoiou Micheletti foi a Honduras Foundation USA. Reina Grubair, presidente do grupo, ressaltou, em nota, o fato de Micheletti não ser "uma figura militar". "Somos a favor da democracia, respaldamos Micheletti e pensamos que as ideias de Zelaya estavam mais próximas de governos como o da Venezuela. Todo mundo tinha medo de que teríamos o mesmo padrão", disse.
Diversas organizações internacionais condenaram a retirada de Zelaya do poder.
Zelaya foi derrubado do poder, neste domingo (28), em um golpe orquestrado pela Justiça e pelo Congresso e executado por um grupo de militares, que o expulsaram para a Costa Rica, provocando uma condenação mundial unânime. O golpe foi realizado horas antes do início de uma consulta popular sobre uma reforma na Constituição que tinha sido declarada ilegal pelo Parlamento e pela Corte Suprema.
Reuters
O presidente eleito e deposto de Honduras, Manuel Zelaya, em seu exílio na Nicarágua
De acordo com os parlamentares hondurenhos, a deposição de Zelaya foi aprovada por suas "repetidas violações da Constituição e da lei" e por "seu desrespeito às ordens e decisões das instituições". Segundo os seus críticos, com a consulta, Zelaya pretendia instaurar a reeleição presidencial no país. As próximas eleições gerais serão em 29 de novembro.
Em comunicado, a Unidade Hondurenha afirmou que "como a maior parte dos hondurenhos, dentro e fora do país", apoia a retirada de Zelaya "devido à sua pretensão inconstitucional de reeleição". O presidente da organização, José Lagos, chegou a dizer que foi o próprio Zelaya quem provocou sua destituição devido à "forma desafiante" com que desacatou as ordens de instituições do país.
Esteban Felix/AP
O presidente do Parlamento hondurenho, Roberto Micheletti, eleito presidente interino
Na nota, a Unidade Hondurenha pediu que os cidadãos mantenham a "calma" e a "confiança" e apoiem o governo de transição de Micheletti, considerado "respeitoso das instituições e da Constituição". Presidente do Parlamento, Micheletti é do mesmo partido de Zelaya, o Partido Liberal (PL), e deverá permanecer na Presidência até o fim do mandato do colega, em 27 de janeiro de 2010.
Micheletti, presidente do Congresso, afirmou que o golpe foi um "processo absolutamente legal", contemplado na Constituição de Honduras. Para prevenir distúrbios, ele decretou o toque de recolher para as próximas 48 horas, em vigor das 21h às 6h.
Outra organização hondurenha sem fins lucrativos instalada nos EUA que apoiou Micheletti foi a Honduras Foundation USA. Reina Grubair, presidente do grupo, ressaltou, em nota, o fato de Micheletti não ser "uma figura militar". "Somos a favor da democracia, respaldamos Micheletti e pensamos que as ideias de Zelaya estavam mais próximas de governos como o da Venezuela. Todo mundo tinha medo de que teríamos o mesmo padrão", disse.
Diversas organizações internacionais condenaram a retirada de Zelaya do poder.
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