Ex-presidente da Câmara de Cabedelo tem contas rejeitada pelo TCE.
A
prestação de contas referente ao exercício de 2016 da Câmara Municipal de
Cabedelo, foi rejeitada pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB),
durante sessão realizada pela 1ª Câmara, nesta quinta-feira (8). Um débito de
R$ 739,7 mil, relativo a despesas sem comprovação e gastos irregulares com
servidores comissionados, foi imputado a Lucas Santino.
Ex-vereador de
Cabedelo, Lucas Santino foi o delator responsável pela colaboração premiada que
desencadeou a operação
Xeque-Mate. Deflagrada em abril de 2018, a
ação investiga um esquema de corrupção na administração pública de Cabedelo.
No relatório, o
conselheiro substituto Antônio Gomes Vieira Filho apontou uma série de
irregularidades, como o excesso de gastos com a folha de pessoal. Segundo o
TCE, somente de comissionados a Casa Legislativa paga a 71 cargos e apenas 17
efetivos, mais 16 pessoas que trabalham como assistentes de vereadores.
O tribunal informou
que, a título de serviços de terceiros, foram contratados 25 servidores, sem
justificativas e amparo legal, além de terem sido constatados pagamentos a
funcionários fantasmas. O relator afirmou que os gastos com pessoas que não
exerceram qualquer título de atividade na Câmara chegam a R$ 284 mil.
Ainda de acordo com o TCE, a Câmara de Cabedelo deixou de recolher as
obrigações com a Previdência e contabilizou mais de R$ 1,5 milhão em despesas
sem licitação.
O plenário decidiu
pelo atendimento parcial da Lei de Responsabilidade Fiscal, irregularidade da
prestação de contas relativa ao exercício de 2016, imputação do débito ao
gestor e multa de R$ 9.855. A sessão foi presidida pelo conselheiro Fernando
Rodrigues Catão, que substituiu o presidente titular, conselheiro Marcos
Antônio Costa, afastado para tratamento de saúde.
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