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Após pressão de familiares, Temer desiste de apoio oficial ao presidente Bolsonaro

 


O ex-presidente Michel Temer (MDB) desistiu de apoiar oficialmente o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa presidencial.

O comunicado, no entanto, faz uma sinalização a Bolsonaro, principalmente quando defende a manutenção “das reformas já realizadas no meu governo”. O PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já defendeu a revogação do teto de gastos e a suspensão de trechos da reforma trabalhista.

As filhas de Temer ficaram insatisfeitas com encontro que pai o teria no fim de semana com Bolsonaro para declarar apoio a ele. Luciana Temer, por exemplo, tem posições públicas progressistas e já foi secretária de Assistência e Desenvolvimento Social da cidade de São Paulo durante a administração de Fernando Haddad.

Temer ensaiava uma aproximação com o PT, mas a operação acabou suspensa após Lula afirmar no debate da Globo que o ex-presidente era “golpista”. Havia a expectativa de que o emedebista anunciaria, até o fim desta semana, o seu apoio a Bolsonaro.

Temer foi vice-presidente de Dilma Rousseff e assumiu a chefia do Executivo após o impeachment da petista, em 2016.

Três anos depois, Temer disse durante entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, nunca ter apoiado o “golpe”, forma como apoiadores de Dilma classificam o impeachment.

Em agosto deste ano, em entrevista ao Jornal Nacional antes do primeiro turno, Lula citou Temer em tom elogioso. O petista falou sobre a atuação do emedebista como presidente da Câmara quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi presidente.

“Quando o Fernando Henrique Cardoso teve o segundo mandato, ele mandou medidas para poder evitar que o Brasil quebrasse, e ele tinha como presidente Câmara o Temer, que ajudou a aprovar as coisas, não trabalhou contra”, disse.

O MDB, partido de Temer, liberou nesta quarta-feira (5) os diretórios estaduais a apoiarem o ex-presidente Lula ou o presidente Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial.

No primeiro turno, o partido teve a senadora Simone Tebet como candidata a presidente. A senadora obteve 4,9 milhões de votos (4,1%). Também na quinta, Tebet anunciou apoio a Lula.

G1

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