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Padre Egídio usava notas frias de alimentação do hospital para compra de apartamentos, diz denúncia



Compras de imóveis, veículos e passagens aéreas com dinheiro do Hospital Padre Zé são investigadas pelo Ministério Público da Paraíba desde agosto deste ano. Uma denúncia anônima encaminhada à promotoria de saúde do órgão ministerial detalhou um vasto esquema de corrupção na unidade de saúde, no Instituto São José e na Ação Social Arquidiocesana. Uma vasta documentação revela desvios de recursos públicos, fraudes em notas fiscais e pagamentos de propinas dentro da Igreja Católica.

A denúncia foi enviada junto a 33 documentos e notas que comprovariam a corrupção. Diante desse material o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) montou a operação “Indignus”, que investiga o padre Egídio de Carvalho Neto e duas ex-funcionárias do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas e Amanda Duarte, ex-tesoureira.

A denúncia recebida pelo MPPB e toda a documentação revelada pelo jornalista Carlos Madeiro, do Uol.

Conforme o material apurado pela investigação, os desvios ocorrem desde a entrada de padre Egídio na direção da unidade de saúde, há 12 anos.

Verbas eram usadas para o pagamento de passagens aéreas de amigos do religioso; reformas e compras de itens luxuosos para a igreja onde o padre Egídio era pároco, no bairro Jardim Cidade Universitária; compra de um carro de luxo com verbas direcionadas ao combate da Covid-19

A denúncia aponta:

  • Pagamento de passagens aéreas para amigos com dinheiro do hospital;
  • Compra de inúmeras passagens aéreas, muitas delas superfaturadas com verba do hospital;
  • Compra de sistema de som em São Paulo para a paróquia do padre Egídio avaliado em mais de R$ 300 mil, em nome do hospital, dividido em 2 compras e parcelado no CNPJ em boletos;
  • Compra de luminárias de alto padrão na com dinheiro do hospital para imóveis do padre; 
  • Compra e reforma completa da paróquia, luminárias, imagens religiosas, pisos, decoração, com verba do hospital;
  • Compra de uma camioneta S10, com dinheiro do auxílio do Covid-19 para o Padre (valor repassado pela construtora durante reforma do ambulatório, em valor atualizado de R$ 234.360,00);




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