Justiça mantém prisão de pediatra acusado de estupro e nega pedido de domiciliar
A Justiça negou, pela segunda vez, a solicitação de prisão domiciliar feita pela defesa do pediatra Fernando Cunha Lima, de 81 anos. A decisão, proferida nesta segunda-feira (31) pela juíza Virgínia Gaudêncio, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, considerou que o estado de saúde do médico não justifica a mudança para o regime domiciliar.
A defesa do acusado argumentou que ele enfrenta comorbidades e que a permanência no sistema prisional colocaria sua vida em risco, devido à idade avançada. No entanto, a magistrada destacou que a prisão domiciliar não é concedida de forma automática e que, apesar de apresentar problemas de saúde, os laudos não indicam condições graves que inviabilizem sua detenção.
O médico está preso desde o dia 7 de março, no presídio de Abreu e Lima, em Pernambuco, sob a acusação de estupro de vulnerável cometido durante consultas médicas em João Pessoa. Em 21 de março, ele já havia tido um pedido semelhante negado pela Justiça.
Na decisão, a juíza também ressaltou que, enquanto esteve foragido, o médico manteve uma rotina social ativa, o que contradiz os argumentos sobre sua saúde debilitada. "Seus problemas pneumológicos não o impediram de tomar sorvete ou cerveja gelada", observou.
A defesa informou que vai recorrer da decisão. O processo segue em segredo de Justiça.
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